segunda-feira, 30 de março de 2009

Discurso de despedida

Quando a ti estas palavras chegarem,
póstumas de um ser transtornado
pela escuridão de seu coração,
sufocado por algo que deixou de viver,
mergulhado em seu mar de ilusões sombrias;
talvez eu não esteja mais aqui
E este seja o meu discurso de despedida.
Venho falar das ilusões da vida
da vontade de viver e vencer
da garra, força, coragem,
que aos poucos foram sendo sufocadas
pelo sentimento mundano de desprazer e insatisfação.
Talvez tenha errado em te desejar,
em viver por ti não pensando em mim,
em desprezar minha essência em função da tua
em pensar que o mundo é feito de amor.
Digo então que não me arrependo
pois não teria mais tempo de
consertar os erros do passado
inevitavelmente a hora chegou
e o que me resta dizer é que vivi.
A vida é para quem não deixa os sentimentos
sufocar um coração que não sabe deixar de amar.
Amor e sofrimento se juntam,
a frieza de um ser na obscuridade
de um suburbano coração,
que jamais faria nada por ti;
que bateria sempre em função
dos raros momentos de suspiro alheio.
Atormentado estou neste momento,
por não saber nem em meu
discurso de despedida, expressar e interpretar
o que se passa nesse mar de lamas que é minha mente.
Talvez não queira dizer, mas
esse velho coração cansado de sofrer,
clama por um ultimo suspiro de ilusão,
por algo a acontecer,
por amor, por dor, pela despedida.
Para você dedico meu coração,
minha mente, meu corpo e
todas as minhas sublimes confusões.

Vanildo Lisboa Veloso 03/12/2002

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